Maio 04 2009
Não foi calmaria, é tempestade. Inóspita, tormento de evitações e desabafos. Foram repetições do mesmo que mudaram o meu horizonte, o meu cenário e até a forma bisada de como me voltei a sentir, a estar e a pensar. Sensações revoltantes de uma plenitude interior onde me recuso a voltar mas onde me forcei a ficar mesmo que temporariamente, nos últimos tempos. Força vinda da vida que me fui oferecendo e que marcadamente me fez ser quem sou. Que me obrigou a não desistir do vento e do sabor a sal que correu insosso e verdadeiramente arrepiante. Contido, amarrado, sem disposição ou forma para sair, rolante, salgado, agridoce. Como um peso de um mundo onde não quero estar e onde reclamo não conseguir gerir. Enxovalho sentido com forças que não tenho e que não fui ganhando. Longe demais no abismo que se foi criando, perto de mais no limite que não se pode pisar, equilibrar, desprezar. Condutas interiores com pilares suspensos, com ideias enraizadas, com desejos persistentes. Desconsolada, incapaz, decepcionada, solitária, a jogar sem peças e sem vencedores, sem as regras que insistimos em esquecer no papel, sem perdedores, só com perdidos. Pontos extremos que me levam pelo remoinho, onde por receio de entrar não consigo sair. Olhar longínquo de fantasias e quimeras, com presentes enjeitados e passados olvidados. Tentativas capazes, postas à prova num esforço de idoneidades, de tonturas, de vaidades. De fracassos, de misturas, de empecilhos, de vontades.
publicado por bailys às 12:07

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